Eleições municipais

09 jan 2016 . 12:50

joao-guilherme8Eleições municipais

Agora que o Tribunal Superior Eleitoral começou a divulgar os números das eleições municipais de outubro pode-se fazer ideia das magnitudes envolvidas, a começar pelo número de candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereadores: 531 mil.

Pelas estimativas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2011 apenas 35 cidades brasileiras tinham mais habitantes que o número de candidatos.
Provavelmente, é a maior eleição no mundo inteiro contados os concorrentes.

Essa avalanche de candidaturas dá um caráter horizontal e quase familiar às eleições municipais; provavelmente conhecemos um ou outro candidato, mesmo nas grandes cidades, sem falar nas menores, onde os candidatos se acotovelam com os eleitores.

O intimismo municipalista deforma o quadro político partidário e embaralha as grandes alianças nacionais enriquecendo as disputas e as polêmicas. O quadro municipal colore o tecido das disputas partidárias. José Roberto de Toledo, no Estado de S. Paulo de 9 de julho, chama a atenção para o relacionamento entre os resultados eleitorais para prefeitos em 2012 e as bancadas federais a serem eleitas em 2014, um ponto de contato relevante entre as eleições municipais e as federais.

Mas, na realidade municipal, duas grandes matérias jornalísticas retratam a situação: Cristian Klein no Valor de 23 de junho (118 maiores cidades) e redação da Folha de S. Paulo de 8 de julho (85 maiores cidades). As matrizes reproduzidas em ambas as matérias confirmam o entrecruzar de alianças, onde o peso dos fatores locais se faz sentir embora obedeçam às grandes lógicas nacionais.

Nas muitas reuniões que faço em todo o Brasil tenho constatado o grande número de candidaturas sindicais a prefeito, vice-prefeito e vereadores. Infelizmente não temos uma organização capaz de totalizar esses números, relacionando-os a partidos e categorias, garantindo um balanço da eficácia eleitoral sindical. Um ponto alto nas disputas de 2012 é a cadidatura a prefeito em São Paulo e pelo PDT do Paulinho da Força que apresenta um programa de governo valorizando o papel dos trabalhadores e de suas organizações na vida da cidade.


João Guilherme Vargas Neto, consultor sindical

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