O Emprego

14 nov 2014 . 13:28

 

oemprego

O Emprego (El Empleo)
Argentina, 2008
Santiago ‘Bou’ Grasso

Curta-metragem argentino que trata da relação das pessoas com o trabalho. Apesar de já ter sido premiado mais de 100 vezes ao redor do mundo, o filme do diretor Santiago ‘Bou’ Grasso ficou conhecido graças à divulgação nas mídias sociais.


Por Alexandre de Melo

Antes de falar sobre o curta, destaco dois aspectos.

Primeiro: trata-se de um filme argentino. Nossos hermanos têm uma produção cinematográfica invejável, bons roteiros e atores carismáticos como Ricardo Darín. Não é nada estranho saber que eles mandam bem em outros formatos como animações e curtas.

Segundo: a animação é um bom exemplo da possibilidade de assistir bons filmes na internet. Os produtores independentes conseguem produzir e divulgar trabalhos audiovisuais com orçamento menor do que os gigantes de Hollywood, mas não chegam às salas de exibição dos cinemas. A solução encontrada é deixar os filmes disponíveis ao público pela internet.

Talvez falte estímulo para que as pessoas assistam mais produções independentes por meio da internet. A indústria da música precisou reinventar a forma de produção e venda para não desaparecer. É possível que o cinema seja empurrado para um caminho semelhante, em breve.

Bem, vamos ao instigante O Emprego . A sinopse dá pistas do que esperar: “Um homem realiza a sua rota habitual para o trabalho, imerso em um mundo onde a ‘utilização’ de pessoas é uma coisa diária”.
Assim que você der play no vídeo notará provocações poéticas. É provável que você pense no seu dia a dia no trabalho e como o seu ofício é útil para outras pessoas.

Aliás, como o trabalho do outro é valorizado e entendido por você? O desejo que as pessoas, pares de profissão ou nosso chefe percebam o nosso trabalho é um ponto comum para muitos, mas nem sempre nos damos conta da importância do trabalho alheio.

No curta, não há trilha sonora e diálogos. No entanto, a sonorização do alarme do relógio, dos passos apressados do personagem atrasado para pegar o ônibus e o som do sobe e desce do elevador garantem ritmo para o filme. O desconforto desse ritmo pode ter sido proposital.

Pois é, meu caro, seu trabalho pode ser simples ou encarado por você mesmo como simples, mas com certeza movimenta a vida de outras pessoas e tem valor, sim. Ou você acha que não tem valor? Afinal, existem outros modos mais saudáveis de relação com o trabalho no capitalismo? Talvez você faça perguntas semelhantes ao ver O Emprego .


Alexandre de Mello é jornalista, gestor de mídias sociais da Força Sindical

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