Twittada 10/08/2012

10 ago 2012 . 11:43


"Em todo país, servidores públicos federais mostram, em mais um dia luta, que movimento é forte http://cspconlutas.org.br/2012/08/servidores-publicos-federais-mostram-em-mais-um-dia-luta-que-movimento-e-forte-e-se-amplia-a-cada-dia/".

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Em todo país, servidores públicos federais mostram, em mais um dia luta, que movimento é forte e se amplia

O Dia de Luta dos servidores públicos federais parou avenidas, portos e rodovias de todo país. A greve dos servidores públicos federais deu nova demonstração de força em mais um dia de Luta, nesta quinta-feira (9). O ato foi convocado pelo Fórum das Entidades dos Servidores Públicos, e contou com protestos e mobilizações dos servidores.

Em Brasília, a Praça dos Três Poderes, em frente ao STF, servidores públicos federais em greve realizaram protesto.
 
Nos aeroportos de Guarulhos –SP (Cumbica), Brasília, Rio de Janeiro  (Galeão), Porto Alegre, Fortaleza e Curitiba,  as filas eram gigantescas devido à greve dos servidores da Polícia Federal.
 
Também foram registrados congestionamentos em diversas rodovias como em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e Santa Catarina, em consequência  polícias rodoviários federais.
 
Nos  portos secos e marítimos de Santos (SP), Rio Grande do Sul , no Porto de Suape (PE)  e Natal, foram registrados  atrasos na movimentação de cargas devido à greve dos servidores da Polícia Federal, Receita Federal e Anvisa.
 
Avenidas importantes de São Paulo e Rio de Janeiro  foram ocupadas por servidores públicos em protestos exigindo do governo o atendimento à reivindicação do conjunto do funcionalismo.
 
No Rio de Janeiro, os servidores públicos em greve ocuparam  as quatro vias de uma de suas principais avenidas , a Rio Branco. Em São Paulo, mais de 400 servidores realizaram um protesto que chegou a ocupar as duas vias da Avenida Paulista.
 
O governo deu declarações de que na próxima semana pode abrir a negociação com os servidores, o que demonstra que a mobilização da categoria deu resultado e deve se intensificar.

O governo está diante de uma das maiores greves dos diversos segmentos do funcionalismo público. São quase 30 órgãos federais o que representa 300 mil servidores que aderiram ao movimento grevista.  
 
A próxima atividade dos servidores será realizada no dia 15 de agosto, com uma nova marcha em Brasília, que promete sacudir a Esplanada dos Ministérios. 
 
Veja, abaixo, a cobertura dos atos em São Paulo e Rio de Janeiro. Envie informações sobre o dia de luta  em seu estado para atualizarmos na página da Central.  
 
No Rio de Janeiro, um grande dia de luta reúne mais de 5 mil pessoas

(crédito: Agencia Brasil/ Tania Rêgo) Dia de Luta no Rio 
 
 
Os servidores federais do Rio realizaram a maior manifestação de todo este período de greve. Os manifestantes fecharam, por mais de uma hora, a Avenida Rio Branco, no centro, no início da tarde desta quinta-feira (9). O protesto, por melhores condições salariais e de trabalho, saiu da Candelária e seguiu para a Cinelândia. Foram milhares de servidores das universidades da base do Andes e da Fasubra, os professores e técnicos da base do Sinasef. Ainda houve uma grande coluna da base da Condsef e os alunos do ensino superior.  Também os alunos do Colégio Pedro II.  Esta passeata foi maior que a do dia 31 de julho.  Um setor importante também se fez presente em maior número que na passeata anterior.  Os trabalhadores da saúde federal compareceram com suas faixas e cartazes. Também cresceu a coluna dos servidores do IBGE e do Arquivo Nacional. Nos órgãos em que ainda não há adesão a greve, como INPI ou na justiça federal, houve companheiros que faltaram ao serviço para participar da manifestação engrossando a longa coluna de mais de 600 metros de passeata. 
 
Os federais prometem fazer uma nova manifestação, desta vez com todos os servidores, em Brasília neste 15 de agosto.
 

(Crédito: Agência Brasil/ Tania Rêgo) 
 
 
O Ato desta quinta-feira (9), no Rio,  contou com a presença dos servidores estaduais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, a UERJ. Professores, técnicos e alunos desta universidade já estão em greve há mais de cinquenta dias e o governo Sérgio Cabral também se recusa a atender a categoria e as suas reivindicações.
 
Neste dia também houve uma paralisação dos professores e funcionários das escolas estaduais. Cabral pretende cortar os pagamentos do adicional de tempo de serviços (os triênios) e manter o desmonte do ensino fundamental e médio. O governo além de atacar a carreira reduziu a grade de disciplinas oferecida aos alunos, reduziu os tempos de aula, fechou turmas e unidades escolares. Além disso, construiu um plano de gestão que coloca nos ombros dos educadores estaduais a responsabilidade pelo fracasso escolar. 

(crédito: Agência Brasil/Tania Rêgo) 
 
Desta forma o Dia Nacional de Lutas no Rio foi pontuado de mobilizações e greve dos trabalhadores que não aguentam mais tanto arrocho salarial, o desmonte das condições de trabalho e a redução de direitos. A greve destes trabalhadores tem o mérito de defender os interesses de nossa classe e pode melhorar a oferta de educação, de saúde e de transportes público com mais qualidade.
 
Agora, após esta manifestação, todos se preparam para realizar outra bem maior em Brasília, no dia 15 de agosto. Sem sombra de dúvida esta já é a maior greve dos servidores federais desde 2006. Ainda não há nenhum setor com predisposição de recuar sem o atendimento de suas reivindicações. Mesmo assim é necessário unificar esta luta com os demais trabalhadores das empresas da iniciativa privada. É necessário unificar a greve com a luta dos metalúrgicos contra o fechamento das fábricas e redução de postos de trabalho. Também é necessário unificar com todas as categorias que entrarão em luta porque sua data base ocorre nestes primeiros meses do segundo semestre. 
 
Só a unidade de todos os trabalhadores pode satisfazer toda a disposição de luta demonstrada nesta manifestação deste 09 de agosto. A unidade dos trabalhadores em luta pode garantir a manutenção e ampliação de todos os direitos. Pode construir uma vida melhor e uma sociedade socialista. 

(crédito: Agência Brasil/ Tania Rêgo) Dia de Luta Rio 
 
Dilma Rousseff se recusa a negociar e atender as reivindicações destes trabalhadores. Ao mesmo tempo libera mais verbas e recursos públicos para atender aos interesses. Seu governo não atende as revindicações do funcionalismo, mas garante para as multinacionais financiamento subsidiado, renúncia fiscal e redução de impostos. Por isso os servidores se cansaram de tanto arrocho salarial e a introdução da política de gratificações por desempenho. O que aumenta as distorções salariais, que a isonomia e ataca a aposentadoria. Já há servidores que deixam de se aposentar para não reduzir os salários com o corte das gratificações. 
 
Além do arrocho salarial e da nova política que ataca as carreiras ainda há uma deterioração nas condições de trabalho com sobrecarga de trabalho e um desvio de função imposto pela falta de pessoal. Os serviços mais atingidos por esta política são também os mais necessários aos trabalhadores e ao povo. A saúde e a educação são os setores que mais sofrem com redução de verbas e investimentos.
 
 
Como resposta a intransigência do governo a greve dos servidores, que iniciou no mês de maio no ensino superior se alastrou com adesão de técnicos administrativos e segue ganhando adesão de outros setores do funcionalismo federal. Na mesma proporção que o governo vem se recusando em atender as reivindicações, a greve vem crescendo junto com o aumento da disposição de luta destes trabalhadores.
 
Mais de 400 servidores participam do dia de luta em São Paulo
 

(Crédti: Bianca Pedrina) Ato dia de luta em SP 
 
 
Em São Paulo, mais de 400 servidores marcaram presença em frente ao Fórum Cível, Pedro Lessa, na Av. Paulista. Com faixas e bandeiras, as diversas categorias ilustravam que ali estavam presentes servidores em luta por direitos e por melhores condições de trabalho. Num só coro, os diversos segmentos do funcionalismo chamavam a atenção da população com a palavra de ordem: “Servidor na rua, Dilma a culpa sua”. 
 
 
O protesto, marcado pela unidade, contou a presença dos servidores da DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), da Previdência Social, Ciência e Tecnologia, Área Ambiental, Saúde, das Universidades Federais, do Judiciário, Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Funasa (Fundação Nacional de Saúde), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), entre outros segmentos.  
 

(crédito: Bianca Pedrina) Dia de luta em SP 
 
 
A manifestação contou também com a presença da CSP-Conlutas, Intersindical, Fenasps, Sinal, Sindsprev-SP, Sintrajud, Sindsef-SP, Apeoesp, Fasubra, Sindicato dos Metroviários de São Paulo, SinSIFES-ABC (Sindicato dos Técnicos Administrativos das Universidades Federais do ABC), estudantes em greve da Unifesp, entre outras organizações e entidades do movimento sindical.  
 
A postura do Governo Federal diante da greve foi muito criticada em todas as falas.  
 
Para o representante do Sinsprev (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Estado de São Paulo), Nelson Novaes Rodrigues, “Mantega diz que a prioridade é investir no serviço privado, enquanto isso o setor público agoniza”. 
 
Segundo ele, o governo precisa mudar suas prioridades e passar a governar para os trabalhadores. 
 
 
O membro do Sintrajud (Sindicato dos Trabalhadores do Judiciário Federal no Estado de São Paulo) Cleber Borges de Aguiar, cuja categoria entrou em greve no dia 8 de agosto, ressaltou que os judiciários estão com os salários congelados há seis anos e denunciou a política de arrocho de Dilma. “Ao não dar a devida atenção para os serviços e servidores públicos o governo prejudica a população pobre que depende desse atendimento”, salientou.

(crédito: Bianca Pedrina) Ato Dia de Luta em SP
 
O representante do Sindsef-SP Felipe Atoline questionou: “Que Brasil sem miséria é esse que tem seu o seu trabalhador precarizado?”.
 
 
 A dirigente do Sintrajud, Ana Luiza, licenciada para campanha eleitoral, fez um chamado aos servidores do judiciário para aderirem à paralisação e fortalecerem o movimento. “Agora é a hora de enfrentar o governo. É greve até a vitória”, disse.
 
 
 
O membro da CSP-Conlutas São Paulo Filipe Augusto antes de iniciar a sua fala puxou o coro: “Ô Dilma, que papelão, pegou meu dinheiro para pagar o mensalão”, fazendo alusão ao escândalo de corrupção que está sendo julgado, e envolve o partido da presidente, o PT.
 
 
 
Filipe destacou a força do movimento que, mesmo com a política repressiva, se amplia a cada dia. “Com nossa mobilização, já dobramos o governo que dava declarações de que não negociaria com grevistas, agora já conseguimos participar da mesa para debater nossa pauta. Vamos mostrar que também não aceitamos migalhas. O governo começa a sinalizar abertura de negociação e nós vamos exigir o que é  nosso por direito. Dilma Chega de enrolação, negocia já”, finalizou.
 
 
 
O exemplo de luta dos metalúrgicos da GM também foi lembrado no ato. A mobilização e força da categoria impediu que mais de 2 mil metalúrgicos perdessem seus empregos.
 
 
 
Os manifestantes, concentrados no Fórum, saíram em passeata rumo ao escritório da Presidência da República, em frente à estação de metrô Consolação onde finalizaram o protesto.
 
 
 

(crédito: Bianca Pedrina) Ato Dia de Luta em SP
 
 
 
Ao final, foi ressaltada a importância de fortalecer a greve, e mobilizar cada vez mais os servidores das diversas categorias, unificando as lutas.
 
 
 
A próxima atividade dos servidores será realizada no dia 15 de agosto, com uma nova marcha em Brasília, que promete sacudir a Esplanada dos Ministérios.
 
 
 
Com informações do Jornal Folha de São Paulo e CSP-Conlutas RJ
 
 
 
Foto manchete: Agencia Brasil/ Tania Rêgo

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