Força Sindical presente na Palestina

09 jan 2016 . 11:46

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Entre 10 e 21 de junho, participei da 1ª missão brasileira de apoio ao reconhecimento da Palestina pela ONU (Organização das Nações Unidas) representando a Força Sindical. Neste período participamos de várias atividades e encontros com organizações não governamentais para discussão do Fórum Mundial Social Palestina Livre, que será realizado em Porto Alegre, entre 28 de novembro até 1º de dezembro deste ano.

Foi detalhado com os palestinos o que será debatido no Fórum em Porto Alegre. O principal tema é o reconhecimento da causa palestina pelos demais países e pela ONU. Ficamos surpresos com a realidade diferente das informações que recebemos. Os palestinos sofrem com a repressão e a falta de insumos básicos. Por exemplo, a água só é liberada nos assentamos um dia no período de dez dias.

Encontramos com o Major general Sultan Abo Al-Einein, conselheiro do presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, que fez um breve relato da situação do povo e agradeceu a comissão brasileira. Em seguida, fizemos uma reunião com um palestrante internacional sobre Direitos Humanos, Abdallah Abu rahma, que foi preso quatro vezes.

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O que nos comoveu foi o relato sobre os sofrimentos de sua família, especialmente a filha de oito anos, que ficou com a imagem na cabeça do que aconteceu com o seu pai e nem conseguia estudar. Também visitamos dois acampamentos que tinham conflitos e participamos dos conflitos de um deles. É deprimente a ação da polícia, que lança bomba que provoca surdez e lança água com dejetos humanos e provoca ferimentos em pessoas, com balas de borracha.

O muro que separa a Palestina de Israel é deprimente para os nossos olhos pois corta as casas no meio. Os palestinos também sofrem porque são queimadas suas oliveiras e matam seus animais de criação.

Tivemos encontro com o ministro do Trabalho, Ahmed Majdalani, que falou sobre a situação dos trabalhadores. Em nome da Força Sindical convidamos o ministro para vir ao Brasil.Uma das metas é elaborar um piso nacional por volta de US$ 400.

Também nos reunimos com o presidente da Palestina, Mahmoud Abbas e com a União Geral dos Trabalhadores Palestinos, cujos dirigentes estão preocupados com o desemprego, que atinge 35% da população. Estivemos ainda com o Sindicato dos Professores e com AliAbu Hilal, da Organização da Libertação da Palestina (OLP).


Antonio Marsicano Miranda é diretor do Sindicato dos Comerciários do ABC e membro da direção nacional da Força Sindical.

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