09 jan 2016 . 11:42
Não podemos nos calar. A categoria dos trabalhadores da Construção Civil é a que mais padece vítima de acidentes de trabalho. Isso acontece pela não fiscalização, pelo descumprimento de normas regulamentadoras, pelo descaso dos patrões e, principalmente, pela gula dos poderosos, que vivem trocando sangue inocente por lucros exacerbados.
Recentemente, mais um funcionário das obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo, morreu (e outro ficou ferido) devido ao tombamento de uma caçamba elevatória onde estavam.
É o terceiro acidente e a segunda morte envolvendo operários nas obras do aeroporto em sete meses, o que demonstra, de forma cabal, completa irresponsabilidade patronal.
O operário de 19 anos (e o companheiro que quebrou a perna) estava trocando uma lâmpada em um poste no estacionamento para ônibus, na área de apoio da obra do novo terminal, quando a plataforma elevatória tombou com o caminhão.
Para variar – e tirar o corpo fora, lógico – a concessionária do aeroporto, Aeroportos Brasil Viracopos, disse que o funcionário é de uma empresa terceirizada – gato, portanto – e usava equipamentos de segurança.
O delegado da Polícia Civil, Gilberto Souza Júnior afirmou que será apurado se houve falha mecânica ou falha humana.
Nosso Sindicato, claro, acompanha tudo de perto. E não permitirá impunidade de qualquer tipo.
Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo e deputado estadual (PSDB)
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