16 ago 2024 . 00:01
Produção em série é um conceito que ultrapassou os limites do fordismo, da linha de produção industrial, e que alcança um sentido mais geral sobre o que o mundo capitalista se tornou. Tudo se produz aos montes.
Objetos efêmeros e baratos que preenchem o instante, mas não a vida. Essa padronização massificada que marca nosso tempo é expressa não apenas na letra, mas no ritmo repetitivo da música É tudo um real.
A música também fala de seu tempo. Quando foi lançada, em 1999, o Real, criado em 1994, ainda era uma novidade. A estabilidade que o Plano proporcionou animou o comércio popular.
Por outro lado, aquele foi um período de aumento da informalidade. É tudo um real ressalta as duas coisas: o Plano Real e a informalidade em um mundo massificado à parte de “um resto que não é pouca bobagem”.
É tudo Um Real
(Composição: Pedro Luís e Rodrigo Maranhão/1999)
Intérprete: Pedro Luis e A Parede
Um real aí, é um real
Um real aí
É um real, aí é um real
Um real
Eu vendo pilha, bateria, fita-cassete, biscoito
Paçoca, doce-de-abobora
Doce-de-coco, rádio-relógio
Despertador do sono
Não vendo é sonho
Mas pode pedir
Se não tenho
Sei quem terá
Vendo pano pra cortina
Vendo verso, vendo rima
Carta pro rapaz e carta pra menina
Eu vendo provas de amores
Por minha poesia e fantasia
Quanto vai pagar?
Um real aí é um real
Um real aí
É um real aí é um real
Um real
Eu vendo pilha, bateria, fita-cassete, biscoito
Paçoca, doce-de-abobora
Doce-de-coco, rádio-relógio
Despertador de sono
Não vendo é sonho
Mas pode pedir
Se não tenho
Sei quem terá
Vendo pano pra cortina
Vendo verso, vendo rima
Carta pro rapaz e carta pra menina
Eu vendo provas de amores
Por minha poesia e fantasia
Quanto vai pagar?
Um real aí é um real
Um real aí
É um real aí é um real
Um real
Com quantos reais se faz uma realidade
Preciso muito sonho pra sobreviver numa cidade
Grande jogo de cintura
Entre estar esperto e ser honesto
Há um resto que não é pouca bobagem
Oh oh oh oh. Oh oh oh
Eu vendo pilha, bateria, fita-cassete, biscoito
Paçoca, doce-de-abobora
Doce-de-coco, rádio-relógio
Despertador de sono
Não vendo é sonho
Mas pode pedir
Se não tenho
Sei quem terá
Vendo pano pra cortina
Vendo verso, vendo rima
Carta pro rapaz e carta pra menina
Eu vendo provas de amores
Por minha poesia e fantasia
Quanto vai pagar?
Um real aí é um real
Um real aí
É um real aí é um real
Um real
Com quantos reais se faz uma realidade
Preciso muito sonho pra sobreviver numa cidade
Grande jogo de cintura
Entre estar esperto e ser honesto
Há um resto que não é pouca bobagem
Água, limão, chocolate é um real, vai!
Água, limão, chocolate é um real, vai!
Água, limão, chocolate é um real, vai!
Água, limão, chocolate é um real, vai!
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