24 maio 2013 . 09:58
Valor Econômico – 59% dos brasileiros dizem que economia vai bem, diz estudo – http://www.valor.com.br/u/3136226
Sergio Luiz Leite, presidente da Federação dos Trabalhadores Químicos no Estado de São Paulo, Fequimfar.
No https://twitter.com/serginhoquimico
59% dos brasileiros dizem que economia vai bem, diz estudo
Por Sergio Lamucci | Valor
WASHINGTON – 59% dos brasileiros dizem que a economia do país está bem e 79% acreditam que ela vai melhorar nos próximos 12 meses, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Pew Research Center, com informações sobre 39 países.
A avaliação sobre a situação econômica pessoal é ainda mais positiva dos entrevistados, 74% afirmam que ela está boa e e 88% apostam que ficará melhor nos próximos 12 meses, o percentual mais alto entre todos os países pesquisados, divididos entre avançados, emergentes e em desenvolvimento.
Ao apontar o principal problema que o governo deve enfrentar, 46% dos brasileiros ouvidos na pesquisa apontaram a falta de oportunidades de emprego, ainda que a taxa de desocupação esteja hoje nas mínimas históricas.
É uma fatia bem superior aos 24% que pedem mais atenção aos preços em alta, mesmo num cenário em que a inflação segue perto do teto da meta, de 6,5% – o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) acumula alta de 6,46% nos 12 meses até maio. Outros 17% afirmam que o governo deve dar prioridade à redução da distância entre riscos e pobres.
Apesar da redução da desigualdade de renda apontada por indicadores socioeconômicos nos últimos anos, 75% dos entrevistados no Brasil dizem que a desigualdade é um grande problema, com 50% dizendo que a distância entre ricos e pobres tem aumentado 24% afirmam que ela ficou igual e 25%, que diminuiu.
No Brasil, a fatia dos que dizem que o sistema favorece os mais ricos chega a 80%. Entre os países emergentes, é um número superado apenas pelos 80% do Chile. Os percentuais mais altos aparecem na Grécia, com 95%, e em Gana – classificado como país em desenvolvimento -, com 94%.
Os brasileiros também aparecem bastante confiantes no futuro quando perguntados como será a vida dos filhos em comparação com a dos país. No Brasil, 79% dos entrevistados acreditam que ela será melhor, percentual muito próximo aos 82% registrados na China, a primeira da lista.
É um quadro bastante diferente do observado nos países avançados, especialmente na Europa, que amargam um ambiente recessivo, ainda longe de se recuperar da crise que eclodiu em 2007 e se agravou em 2008, com a quebra do Lehman Brothers, nos EUA.
90% dos franceses veem um futuro pior para os seus filhos, por exemplo. Essa fatia é de 74% no Reino Unido, 73% na Itália e 67% na Grécia. Nos EUA, que têm mostrado um crescimento mais forte que o da Europa, ainda que nada exuberante, 62% dizem que os filhos terão uma vida pior que a dos pais. No Japão, o número é de 76%.
Mesmo com a avaliação positiva da maioria dos brasileiros sobre a situação atual da economia e da perspectiva de melhora, 55% dos entrevistados disseram estar insatisfeitos com os rumos do país 44% acreditam que o Brasil caminha na direção correta. Na China, os satisfeitos chegam a 85%, o número mais elevado. Na Grécia, essa parcela é de apenas 2% – 97% se dizem descontentes.
No Brasil, o Pew ouviu 960 pessoas com mais de 18 anos, entre 4 de março e 21 de abril. A margem de erro, no caso da pesquisa no país, é de 4,1 pontos percentuais. Nos 39 países, foram entrevistadas 37.653 pessoas.
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