Dia da Luta Operária: Comemorações já realizadas

19 maio 2025 . 10:05

Veja a cronologia das comemorações desde 2017, quando foi criado o Dia da Luta Operária

Troféu José Martinez

2017

Primeiro ano em que a data foi comemorada, com aula pública do escritor e militante José Luiz Del Roio, autor do livro “A Greve de 1917 – Os Trabalhadores Entram em Cena”. O ato aconteceu no Moinho Matarazzo, no bairro do Brás, que foi palco da paralisação de 17.

Naquele ano ainda não havia o troféu José Martinez nem mesmo a participação das centrais sindicais.

2018

No ato realizado naquele ano foi feita a entrega da Medalha Anchieta e Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo ao escritor e militante José Luiz Del Roio. Iniciativa do vereador Antonio Donato. Realizado no Moinho Matarazzo.

2019

Centrais sindicais e o mandato do vereador Donato decidem criar o troféu José Martinez, a ser entregue a personalidades que se destacam na luta operária.

O artista plástico Enio Squeff foi contratado para conceber e criar o troféu, que homenageia o sapateiro de origem espanhola baleado durante a greve de 1917 e cuja morte causou tanta comoção que ampliou ainda mais a paralisação que tomou conta das fábricas em São Paulo naquela época.

Na primeira edição do troféu José Martinez foram homenageados:

Eunice Longo, tecelã, ex-diretora do Sindicato dos Têxteis de São Paulo.

Raphael Martinelli, ferroviário, ex-integrante do Comando Geral dos Trabalhadores – CGT.

Donato posa com Eunice Longo e Raphael Martinelli no evento de 2019.

Donato posa com Eunice Longo e Raphael Martinelli no evento de 2019.

In Memoriam:

Metalúrgico Lúcio Bellentani, que foi operário da Volks e denunciou a colaboração da empresa com a ditadura militar.

Ato realizado no Moinho Matarazzo.

2020

Em razão da pandemia o Dia da Luta Operária neste ano foi comemorado de forma virtual, com a realização de três “mesas” de debates (manhã, tarde e noite) tratando de aspectos da greve geral de 1917.

2021

Em razão da pandemia, o ato foi em formato híbrido, o realizado presencialmente, com controle de público, e transmitido pela internet.

Homenageados com troféu José Martinez:

Lenina Pomeranz, a primeira mulher a ocupar a direção técnica do Dieese.

Hugo Perez, dirigente da Federação dos Urbanitários de São Paulo, idealizador e um dos líderes da 1ª Conferencia Nacional da Classe Trabalhadora, a Conclat, de 1981.

In Memoriam:

José Carlos (Zequinha) Barreto, metalúrgico e sindicalista morto pela ditadura militar há 50 anos.

Homenagens Especiais (trabalhadores da saúde):

Lourdes Estevão.

Ubiratan de Paula Santos.

Ato presencial aconteceu na Quadra do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

2022

Homenageados com troféu José Martinez:

Clara Ant, arquiteta, ex-vice-presidente da Federação Nacional dos Arquitetos e ex-dirigente da (CUT) Central Única dos Trabalhadores.

João Guilherme Vargas Netto, jornalista, consultor sindical e membro do DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar).

In Memoriam:

José Calixto Ramos, metalúrgico, ex-presidente da NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores) e da CNTI (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria).

Wagner Gomes, metroviário, ex-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo e ex-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).

Ato realizado no Moinho Matarazzo.

2023

Homenageados com troféu José Martinez:

Ana Dias, militante que atuou no movimento contra a carestia, nos anos 1970/1980.

Sérgio Gomes, jornalista, dos fundadores da Oboré Projetos Especiais.

In Memoriam:

Dirceu Travesso (fundador da CSP-Conlutas).

João Felício (ex-presidente da Apeoesp e da CUT).

José Ibrahim (metalúrgico, um dos líderes da greve da histórica greve da Cobrasma, em Osasco, em 1968).

Oswaldo Barros (ex-presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores  – NCST).

O evento foi realizado no galpão do Armazém do Campo do MST, na Barra Funda, em solidariedade ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.

2024

Em 2024, o Dia da Luta Operária, 9 e julho, lotou o auditório do Sindicato dos Padeiros de São Paulo.

Em 2024, o Dia da Luta Operária, 9 e julho, lotou o auditório do Sindicato dos Padeiros de São Paulo.

Neste ano, pela atuação em defesa da classe trabalhadora e fortalecimento do movimento sindical, foram homenageadas com o Troféu José Martinez:

  • a Médica do Trabalho MARIA MAENO, que recebeu o troféu das mãos de Daniel Calazans, secretário geral da CUT no Estado de São Paulo.
  • o Metalúrgico CARLOS APARÍCIO CLEMENTE, que recebeu o troféu das mãos de Márcio Ferreira, presidente do Sindicato dos Borracheiros de São Paulo, representando a Força Sindical.

Foram agraciados com a Placa Comemorativa a Operária os seguintes lutadores operários que foram líderes sindicais em momentos difíceis de nossa história, durante a ditadura militar:

ISABEL PERES – Ela é fundadora e militante da Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura, Ajudou muito na luta dos trabalhadores metalúrgicos do ABC.

VALDIR VICENTE DE BARROS (in memoriam) –Ele é ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói (RJ), ex-diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e fundador da UGT – União Geral dos Trabalhadores.

SEVERINO ALMEIDA FILHO  (in memoriam) – Ele foi fundador e ex-presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante e fundador da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.

CLODESMIDT RIANI (in memoriam), ex-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) e do Comando Geral dos Trabalhadores – CGT. Foi também deputado estadual em Minas Gerais.

O evento foi promovido por iniciativa do deputado Donato, das Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CSP-Conlutas, Pública, Intersindical Central da Classe Trabalhadora e Intersindical Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora.

Também participaram o Centro de Memória Sindical, o Instituto Astrogildo Pereira, o IIEP e a Oboré.

Pesquisas operárias

Durante o evento, realizado no casarão do Sindicato dos Padeiros de SP, no bairro da Bela Vista, em São Paulo, foram realizadas diversas atividades, entre elas, a apresentação da pesquisa sobre as mortes operárias na Greve Geral de 1917, pela professora Eliane Furoni, mestranda da PUC.

Adriano Diogo falou sobre os 60 anos do golpe miliar em 1964, que prendeu, torturou e matou trabalhadores.

E José Del Roio lembrou o movimento tenentista na cidade de São Paulo, que aconteceu em 1924 e que tinha como uma de suas reivindicações o voto eleitoral do povo e a educação para todos.

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