Livro resgatará a história do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba

08 ago 2014 . 12:47

Por Ricardo Flaitt

O Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, em parceria com o Centro de Memória Sindical – CMS, está preparando um livro que remonta a história da entidade no município. A prévia do projeto foi apresentada ontem (6/8) em reunião realizada na sede (Rua Prudente de Morais, 914).

Participaram da reunião Carolina Maria Ruy, jornalista, pesquisadora e coordenadora do Centro de Memória Sindical; João Carlos Juruna Gonçalves, o Juruna, Secretário-geral da Central Força Sindical e Hugo Liva, tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba.

Para Hugo Liva, tesoureiro do Sindicato, “temos a obrigação de preservar a história e a memória daqueles que lutaram pelos direitos dos trabalhadores. Também será fundamental para que os jovens de hoje conheçam e tenham consciência da atuação do Sindicato e todas as suas conquistas ao longo dos quase 70 anos de luta”, destacou.
O livro, com previsão de lançamento para o final deste ano, foi produzido pelo Centro de Memória Sindical, sob coordenação da jornalista e pesquisadora Carolina Maria Ruy e  possui uma ampla abordagem, pois além de remontar a história específica do Sindicato, insere-o num plano maior, de forma a fazer uma contextualização, que resgata a história de Piracicaba, o seu processo de formação, os setores produtivos, a importância da cana de açúcar, passando pelo início da industrialização nas primeiras décadas do século XX, até linkar com a criação da Associação, que veio a se tornar o Sindicato, em 1947.

O projeto também preserva a história dos primeiros diretores, as ações na base, a evolução representativa da entidade, suas conquistas até os dias atuais, as alterações do perfil econômico, principalmente com as chegadas da Caterpillar, na década de 70; e recentemente do Parque Automotivo, onde se concentram a Hyundai e mais 12 empresas fornecedoras de peças que, somadas, empregam cerca de 6.200 trabalhadores.

Para Carolina Maria Ruy, “o Sindicato dos Metalúrgicos extrapola as ações realizadas pela categoria, tem um peso muito importante na história de Piracicaba, por isso a abordagem mais ampla, fazendo jus à atuação da entidade, que é um modelo de Sindicalismo-Cidadão”, explicou.

Acervo histórico – Paralelamente ao livro, o Centro de Memória Sindical, por meio da historiadora Fabiana Junqueira, vem organizando todo o material do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba.

São milhares de fotos e documentos, que estão sendo catalogados e depois arquivados conforme as normas específicas de preservação.

Para João Carlos Juruna Gonçalves, secretário-geral da Central Força Sindical, “é louvável a iniciativa da diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba em preservar a história de luta de classes. E que sirva de exemplo e modelo para outras entidades”, ressaltou.

Sobre o Centro de Memória Sindical – O Centro de Memória Sindical é uma instituição intersindical, fundada em 14 de junho de 1980, na Rua do Carmo, 171, então sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

A serviço de sindicalistas, estudantes e pesquisadores o Centro de Cultura e Memória Sindical guarda em seu acervo, importantes documentos das lutas, entraves e conquistas dos trabalhadores brasileiros de diversas procedências, Metalúrgicos de São Paulo, os Engenheiros, Eletricitários, etc, além de cartazes de campanhas sindicais, fotos e uma rica coleção de depoimentos, gravados e transcritos no início da década de 1980, concedidos por militantes sindicais antes da fundação da Força Sindical.

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Ricardo Flaitt é assessor de imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba

Fotos: Mateus Medeiros