Colors, As cores da violência

25 abr 2014 . 15:45

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Dennis Hopper
EUA, 1988
Com Sean Penn, Robert Duvall, María Conchita Alonso, Trinidad Silva

O senso de pertencimento a um grupo pode ser um traço positivo da juventude, frente ao individualismo que a sociedade capitalista impõe. Mas a dedicação obstinada a este grupo pode levar a um radicalismo que é, no limite, segregador e disseminador da violência. O problema maior se dá quando este é o único caminho viável que o jovem enxerga a sua frente.


Por Carolina Maria Ruy

O tema do trabalho de uma divisão especial, voltada ao controle de gangues, da polícia de Los Angeles poderia facilmente resultar em um filme que se limita a opor bandidos e mocinhos, onde os bandidos são as gangues e os mocinhos a polícia, ou vice-versa.

Contudo Dennis Hopper foi esperto o suficiente para não fazer de “Colors” um filme moralista. Em um contexto em que a existência dessa divisão especial da polícia é necessária, não há a figura do bem e do mal. O que há é uma disseminação de gangues e do tráfico de drogas como possibilidade de ascensão em uma sociedade marcada por duas anos de recessão econômica e pelo aumento da desigualdade social.

A dupla Robert Hodges e Danny McGavin, como parceiros policiais incompatíveis, opõe modelos de atuação. O novato Danny traz eficiência às ações, mas tem muito que aprender com Bob. Aprender que a fria relação de causa e efeito deve ser relativizada por uma concepção assistencial, que visa uma recuperação daquela juventude.


Carolina Maria Ruy é jornalista, coordenadora de projetos do Centro de Memória Sindical.

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